Quando está em residência, Eduardo Costa aparecia segurar o violão, reunir os amigos e tomar uma cachaça. No novo DVD, Eduardo Costa – Acústico, o cantor trouxe sua realidade para o palco. Numa performance intimista com o público bem perto dele, o sertanejo escolheu o repertório favorito de uma vida toda.
— Eu não queria agradar apenas as pessoas, mas a mim, principalmente. Quis ir uma verdade para o meu público de canções que eu de fato ouço e gosto de cantar na minha residência. De novo, Eduardo não embarcou no modismo do sertanejo moderninho e manteve o romantismo do sertanejo e fez isso de caso pensado, como forma de proteger a cultura sertaneja.
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— No Brasil existe aquela coisa de que o que dá certo, toda humanidade migra e faz igual. As pessoas procuram um caminho mais fácil. Não acho falso, não. É uma possibilidade. Eu nunca cantei o universitário porque não é meu tipo. Para mim não é sertanejo, entretanto eu respeito.
Eu estou completamente pela contramão. Se eu neste momento era um cara que passava distanciado, hoje mais ainda. Por conta das músicas de dor de cotovelo e os arranjos, chega a ser rotulado até de brega. O que pra ele é o auge de sua carreira como cantor. — Eu não tenho temor de ser brega.
Eu sempre quis ser brega. Eu dou um abraço em quem me chama de brega. O amor é brega. Quando você está namorando, faz coisas que nem sequer imagina. Mensagem de texto é brega, como por exemplo. Mas, eu estou feliz de ter feito um DVD assim. É a minha cara, é o que eu amo. Mesmo sofrendo por afeto em cada faixa do álbum, e da maioria das canções de seu repertório geral, Eduardo admite que não é tão romântico como canta.
Eu adoro de coisa brega, no momento em que estou namorando. O cantor ficou alegre com o consequência do Acústico e até diz que é o grande DVD de tua existência, contudo confessa que ficou nervoso nos 2 dias de gravação que rolaram em São Paulo. — Fui afim de casa com uma amplo dúvida se tinha cantado bem, se tinham entendido o recado.
Só quando vi as imagens no estúdio tive a certeza de que tinha acertado. Esse DVD representa muito pra música sertaneja. Não que eu esteja me achando, contudo resgatar o romantismo é um jeito de manter o sertanejo. No novo trabalho, Eduardo Costa ilustrou com a participação de Cristiano Araújo e Di Paullo e Paullino, nas faixas Sem Céu e Sem Chão e Tô Indo Embora, respectivamente.
E se orgulha de ter reunido nas vinte e um faixas só músicas que contam um pouco do que é a carreira de Eduardo Costa. — A música Minha Metade, como por exemplo, pertence ao Só Pra Contrariar, e eu cantava nos barzinhos em BH (Belo Horizonte). Eu trouxe ela pro sertanejo, em razão de ela é originalmente sertaneja.