Este serviço tem como propósito expor, a partir de uma pesquisa bibliográfica, a Educação de Jovens e Adultos no Brasil, como prática social a partir de corporações formais ou não. Essa modalidade de ensino a todo o momento enfrentou resistências e problemas, desde que os jesuítas eram responsáveis na educação no Brasil Colônia. Na década de cinqüenta nesse século, a Campanha de Educação de Jovens e Adultos, sofreu várias avaliações pelos métodos usados e foi extinta por não obter resultados positivos.
Surge nesse instante uma referência no panorama da educação para Jovens e Adultos: Paulo Freire. Com a pedagogia de Paulo Freire, nasce, nesse clima de mudança no início dos anos 60, a Educação Popular, que se articulava à ação política perto aos grupos conhecidos: intelectuais, estudantes, pessoas ligadas à igreja Católica e a CNBB.
Em 1964, foi aprovado o Plano Nacional de Alfabetização, que deveria atingir todo a nação, orientado pela proposta pedagógica de Paulo Freire, no entanto, foi suprimida pelo golpe militar de sessenta e quatro e substituída pelo Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL). Uma das causas do fracasso do MOBRAL no seu trabalho de alfabetização do jovem e do adulto brasileiros está relacionada aos recursos humanos: o despreparo dos monitores a quem era entregue a tarefa de alfabetizar. No decorrer de sua história, a Educação de Jovens e Adultos, como é hoje denominada, realizou-se como prática social a partir de organizações formais ou não.
Na história do Brasil é possível perceber as dificuldades encontradas nessa modalidade de ensino, desde a data em que os jesuítas eram responsáveis pela educação até os dias de hoje. A exceção se oferece somente na década de sessenta com o educador Paulo Freire. Este educador dá então uma proposta inovadora de educação que, posteriormente, com o golpe militar de 64 foi suprimida e para substituí-la foi oferecido o: MOBRAL – Movimento Brasileiro de Alfabetização. A finalidade nesse projeto de procura é de compreender o que esse movimento, que hasteava a bandeira da alfabetização de adolescentes e adultos, significou na vida de pessoas que dele fizeram parte.
De pessoas que acreditaram que o MOBRAL, era um aparelho de possibilidades pra uma mudança social, por intermédio da educação. A ética de que falo é a que se entende afrontada pela manifestação discriminatória de raça, de gênero, de classe. A educação como uma realidade de inclusão social, enquanto construía este projeto de monografia, pude raciocinar sobre a desculpa de minha escolha pelo cenário: Educação de Jovens e Adultos.
Pude deste modo expedir-me à minha infância e deixar reverter à mente as lembranças de dois momentos, em minha pequena cidade natal. Em conexão à segunda lembrança, só pra situar minha idade, tenho que admitir que agora freqüentava o colégio. E à noite, brincava com outras garotas, próximo de uma igreja, que tinha por nome: Nossa Senhora do Rosário. Não era a igreja matriz, da cidadezinha, isto é, a mais essencial. Era a igreja do morro, onde moravam em sua maioria, pessoas pobres e de cor negra.
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Essas condições descritas dos habitantes daquele morro, não provocavam ânimo à visão elitista do pároco local, e a igreja por anos, permaneceu fechada e abandonada. Era ali, naquele lugar descartado até para o culto cristão, que se realizavam as atividades pedagógicas do MOBRAL, uma analogia bem representada. Outra vez, a história do desinteresse e do preconceito se repetia, já que, sem banheiros e perante luzes fracas, os idosos ainda se esforçavam em materializar os seus sonhos de aprendizagem. Enquanto eu, ainda moça, olhava para aqueles rostos cansados e agora marcados pelo tempo, sem compreender o porquê daquela realidade.
Questionava-se sobre a razão da subsistência de uma sala de aula como aquela. Imaginava que aqueles senhores e senhoras que ali estavam neste momento deveriam saber o bastante até já pra aconselhar às criancinhas. Mas, eu era somente uma garota, e como tal não poderia realmente captar que vivíamos ante um sistema injusto, desigual e preconceituoso, que a toda a hora privilegiou as elites em detrimento das camadas mais pobres. Escrevendo essa monografia e percorrendo o caminho histórica da Educação de Jovens e Adultos desde o Brasil Colônia, até aos anos de 1985, quando se encerraram as atividades do MOBRAL, foi que pude acompanhar respondidas minhas indagações da infância.
E, ao encerramento nesse serviço, tudo o que espero é que ele possa ser um aparelho de conscientização de que a alteração é possível, de que o sonho podes se materializar. Não queremos deixar de discernir que os portugueses trouxeram um modelo de educação respectivo da Europa. No que tange a este padrão de cultura transplantada, Romanelli (2000, p. 23) considera que essa cultura é ferramenta pra fixar e resguardar os modelos culturais importados, que por si, inibem a expectativa de construção e inovação culturais.