A fotografia nos fornece a oportunidade de guardar com a gente registros de ocorrências que valem a pena relembrar. Isso é fantástico, no fim de contas nem sempre nossa memória oferece conta de guardar tudo que necessitamos. Por isso, ter um registro simbólico do que foi vivido ajuda a mantermos a conexão com o instante. Uma das formas de captarmos estes registros é a partir da selfie – tipo de fotografia que consiste em tirar foto de si mesmo.
As justificativas para tirar selfies são as mais variadas e conseguem comparecer desde ansiar assinalar um ambiente elegante que foi visitado, até guardar um autorretrato. Na realidade, por trás de todas as motivações pra recolher uma selfie, existe uma vontade superior: a de demonstrar algo. E isto bem como não é um defeito. Afinal, vivemos em uma comunidade que valoriza a imagem e fornece ferramentas para que imagens como selfies sejam divulgadas, como os aplicativos e as redes sociais.
Selfit poderá ser interpretado como um vício em retirar selfies. O termo foi apresentado a primeira vez em 2014 em uma notícia afirmando que a Sociedade Americana de Psiquiatria tinha instituído o costume de tomar várias imagens de si mesmo pra se autopromover como uma desarrumação psicológica. Contudo, a notícia em pergunta era falsa e a própria Sociedade Americana de Psiquiatria desmentiu o evento.
Todavia, na sequência do engano, pesquisadores da Universidade de Nottingham Trent, de Londres e da Escola de Administração de Thiagarajar, na Índia, optaram investigar se o fenômeno era fundado. As universidades realizaram um estudo chamado . Para a realização da observação foram recrutados em torno de quatrocentos estudantes, dos quais eram 230 homens e 130 mulheres de escolas superiores da Índia.
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O fundamento de escolher a Índia como pólo de investigação foi o acontecimento de o país concentrar o superior número de usuários de Facebook. Ademais, a Índia bem como é a nação que registra o maior número de pessoas que morrem por tomar selfies em locais danosos. Para se possuir uma ideia, um levantamento atingido por pesquisadores americanos identificou que entre os anos de 2014 a 2016, por volta de 127 pessoas morreram ao não calcular os riscos no momento de pegar selfie.
Destas setenta e seis ocorreram pela Índia. O estudo não registrou nenhuma morte no Brasil. O Selfiti é uma circunstância psicológica ainda em estudo, então não é conhecida na Associação Americana de Psiquiatria ou pela Associação Brasileira de Psiquiatria como uma patologia. De acordo com o psicanalista e doutor em psicologia clínica Eduardo Fraga de Almeida Prado, que bem como é professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, o Selfiti deriva de um fenômeno mais enorme de medicalização da vida.
Portanto é preciso cautela para aproximar-se o conteúdo. Mesmo que o Selfit não seja identificado como um transtorno, a psicoterapeuta cognitiva comportamental Dora Sampaio Góes, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, reitera que é preciso estudar a dificuldade do costume de retirar algumas selfies. Para a promoção do estudo, os membros passaram por entrevistas com dúvidas como: “O que te instiga a tomar selfies?”, “Você localiza que uma pessoa podes construir um vício em retirar selfies?”. Por meio dos questionários, os pesquisadores identificaram perfis comportamentais que poderiam ser classificados dentro de um comportamento obsessivo por autorretratos.
Crônico: impulso incontrolável de recolher selfies e escrever as fotos mais de 6 vezes por dia. Ao investigar o jeito dos estudantes, os pesquisadores constataram 40% dos adolescentes poderia se enquadrar no nível agudo de Selfiti. Em torno de 34% dos membros se enquadrou ao nível borderline e os 25% restantes estariam entre as pessoas com um grau crônico de Selfiti. Segundo a pesquisa, o que mobiliza pessoas a recolher um número exagerado de selfies é, entre diversos aspectos, o prestígio que recebem de seus seguidores depois que a imagem é publicada.
Segundo os cientistas, os jovens explicaram que no momento em que divulgavam as imagens nas mídias sociais ficavam felizes com o reconhecimento das outras pessoas. Alguns disseram que sentiam que sua vaidade era legitimada pelo elogios que recebiam. Outros gostavam da guerra que formavam com os outros amigos. Para os especialistas entrevistados na redação, o hábito de tirar algumas imagens de si demonstra, entre vários aspectos, um sentimento de insegurança em relação à própria aparência.
Pode parecer um paradoxo atrelar problemas de auto-aceitação com um excedente de autorretratos, todavia os especialistas explicam que o costume é precisamente para tentar buscar, por meios externos, uma aprovação que não se precisa de si mesmo. Essa não é a primeira vez que o excesso de imagens de si está relativo com uma baixa autoestima.